sábado, 3 de abril de 2010

A MISTÉRIO da TRAGÉDIA do DIXMUDE

Em 18 de dezembro de 1920, o Dixmude partiu para um vôo
sobre a África do Norte, a fim de estabelecer novos recordes.
Ele era comandado pelo capitão de fragata
Du Plessis de Grénedan e levava uma equipagem de 40 homens,
além de 10 observadores.
A 21 de dezembro o dirigível foi visto sobre Túnis,
mas desencadeou-se uma tempestade e o contato foi
perdido durante certo tempo.
No dia 24, o govêrno françês anunciou que uma mensagem
de rádio havia sido recebida informando que o Dixmude
tinha problemas com o motor e o comandante
procurava um lugar para descer.
No mesmo dia o dirigível foi novamente visto sobre Túnis.
Supunha-se que o combustível estivesse no fim.
A 27 de dezembro, o governo mudou a história.
O último sinal de Dixmude foi recebido no dia 21 e
foi no dia 20 que havia sido visto pela última vez,
certamente perto de Biskra, no sul argelino,
a 400 km a sudoeste de Túnis.
No dia 26, ele ainda foi visto em In Salah, no Saara,
perto do Centro Geográfico dos Territórios Argelinos.
Neste momento, buscas tão completas quanto possíveis
estavam em curso tanto no Mediterrâneo como
no Saara.
As autoridades francesas acreditavam que o Dixmude
houvesse caído no deserto mas, no dia 29, um novo sinal
foi descoberto; pescadores encontraram o corpo
do comandante Du Plessis de Grénedan ao largo da Sicília.
Seu relógio parou às 2,30 horas.
Após essa descoberta um chefe da estação da ilha
assegurou ter visto um clarão sobre o mar às 2,30 horas
no dia 23 de dezembro.
No dia 31, fragmentos carbonizados da naveta de comando
foram igualmente encontrados no mar. próximo à Sicília.
Tudo isto é pelo menos perturbador.
Supõe-se que o Dixmude foi destruído por uma explosão
de hidrogênio ou por um incêndio sobre o Mediterrâneo
no dia 23 de dezembro, mas as patrulhas navais
francesas sulcavam já o mar nesta data.
Um único corpo e alguns destroços para um zepelin
 de 210 metros com 50 homens a bordo,
isto parece suficiente.
Deveria ter havido mais corpos e alguma quantidade
de destroços.
Além do mais, algo havia sido visto em In-Salah no dia 27.
Se não fosse o Dixmude, seria o que então ?

Jacques Bergier (1912-1978) engenheiro químico
Membro da Resistência Francesa
LE LIVRE DE L'INEXPLICABE

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