Exitem na Bolívia, no Museu de Cochabamba, "pedras amassadas",
isto é, rochas geralmente graníticas nas quais os Incas podiam,
por simples pressão, gravar a impressão das maõs e dos pés,
como se o granito fosse mole como manteiga.
Tais impressões encontram-se nos rochedos das montanhas do Perú
e também no kilometro 9, no Taiti, no principio de Punaouïa, onde,
segundo a lenda, o deus Hiro, de raça branca pousara.
Outro fenômeno, em correlação com o anterior,
é o dos enormes blocos de pedra que formam os muros
das cidades fortificadas dos Incas, nomeadamente em
Sacksahuaman, perto de Cuzco.
Esses blocos foram tão sabiamente talhados e ajustados,
às vezes com redentes, que se colam exatamente
uns aos outros, o que faz pensar que os contrutores dessas obras
não talhavam a pedra, mas tratavam-na quimicamente
para depois a amassar como se fosse argila.
Ora, em junho de 1967, soube-se que um sacerdote peruano
de nome Jorge Lira, descobrira o processo utilizado
pelos incas, que consistia num suco de erva que
tornava o material facilmente maleável.
O Padre Lira teria realizado com sucesso esperiências,
macerando pequenas pedras no líquido tirado da planta milagrosa.
Não se conhece ainda o nome desta planta.
Uma planta do nosso país (França) teria igualmente o poder
de desfazer as pedras; a beldroega, "na condição de se usar
o suco de certa maneira."
Se a descoberta do Padre Lira se confirmar, ela trará
possívelmente uma explicação da formação do granito
além da proposta pelos mineralogistas.
Sabe-se que a crosta terrestre está desagregada à
superficie e reconstitui-se pelas forças internas do magma.
Quando as margas e argilas se aproximam do pólo magmático,
tornam-se xistos por ação das pressões e das temperaturas;
o calcário dá marmore e como o metamorfismo
aumenta com a profundidade, novas estruturações aparecem
até a cristalização em granito.
Conhecendo esse processo natural,
mais há que admirar a ciência, verdadeiramente empírica,
dos Incas, que tornava maleável esse granito
forjado nas entranhas da Terra.
Robert Charroux (1909-1978) arqueólogo francês
O Livro de Misterioso Desconhecido pag 40
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