Quando a moça do caixa lhe deu o
troco da sua nota de cinco francos,
Georges Duray saiu do restaurante.
Como tinha boa aparência, tanto por
natureza quanto por postura de
ex-suboficial, aprumou-se, encaracolou
o bigode com um gesto militar e familiar
e lançou sobre os que ainda estavam
à mesa um olhar rápido e circular,
um daqueles olhares de rapaz bonito,
que se estendem como tarrafas jogadas
à água.
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Assim que pisou na calçada,
permaneceu imóvel por um instante,
perguntando-se o que iria fazer.
Era dia 28 de junho, e ele tinha no bolso
exatamente tres francos e quarenta centavos
para chegar ao final do mês.
GUY DE MAUPASSANT (1850-1893) Escritor francês
Bel-Ami, I
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