Símbolo da unidade pela síntese dos contrários.
Expressa a redução do múltiplo ao um,
que é o sentido profundo da ação criadora.
Depois de uma fase de expansão,
o universo descobre a sua significação
no retorno à unidade de pensamento:
a manifestação do múltiplo
resulta em colocar em relevo o um,
o um que está na origem
no fim de todas as coisas.
A simetria natural, assim como a artificial,
testemunha a unidade da concepção.
Mas a simetria às vezes trai o artifício
e uma falta de espírito criativo:
indica uma certa conceitualização na idéia da obra
a ser realizada.
Em conseqüência disto.
significa uma racionalização que disciplina
e até mesmo sufoca as forças espontâneas
da intuição e da imaginação puras.
A unidade que é assim alcançada não é mais
do que uma unidade de fachada.
Ao invés de uma síntese de contrários,
é apenas uma duplicação,
um efeito de espelho.
A assimetria pôde, ao contrário,
responder a razões profundas, porém ocultas
a raciocínios por demais sistemáticos.
JEAN CHEVALIER e ALAIN GHEERBRANT
Do livro "O Dicionário dos Simbolos"